A Escola Estadual de Ensino Médio São Vicente tem sofrido nos últimos anos com problemas de alagamento no interior do prédio. Com sérios problemas de infiltração, professores e funcionários fazem malabarismos em sala de aula para driblar a situação. Na sala dos professores, um tambor foi posto no centro do local para coletar a água que escorre do teto.
Há alguns anos, o telhado da escola foi trocado para resolver problemas dessa mesma natureza, porém, pouco tempo depois, voltaram. De acordo com a diretora da instituição, Dalva Elbene, sempre que chove a situação se repete. São tambores,baldes, rodos e panos espalhados pela escola para tentar amenizar o alagamento e diminuir os riscos de acidentes no ambiente.
-Hoje (sexta), uma professora, ao entrar na sala dos professores, que era alagada totalmente, caiu. Não se machucou, felizmente, mas caiu. Preocupa bastante (a infiltração). Nós temos que retirar lâmpadas das salas de aula porque existem goteiras diretamente nas lâmpadas – relatou a diretora.
A professora Tatiana Rosa da Costa, que leciona para as turmas do Ensino Médio nos turnos da manhã e noite também reclama da falta de manutenção, embora seja uma luta permanente por parte das direções.
-É comum toda vez que chove alagar a escola. Alaga a sala dos professores, supervisão, refeitório, salas de aula. E isso faz muitos anos, não é de agora que as direções, não só essa administração, mas as outras vêm solicitando conserto, solicitando reparos, e muitas vezes há um descaso do governo em relação a isso – enfatizou a professora.
Um dos pontos mais críticos do prédio é o acesso ao refeitório da escola, que fica um andar abaixo das salas de aula. Desde o corredor até o fim da escadaria, a água escorre tornando a descida perigosa para quem utiliza o trecho e é ponto de preocupação para os professores.
-Essa escadaria é um problema que a gente tem. É descida para o refeitório, os alunos têm de usar e é um risco. À tarde, normalmente, a gente tenta evitar que eles desçam nessa escadaria. Passamos eles por fora do prédio para ir ao refeitório, para que não desçam essa escada – conta a diretora Dalva.
Além dos riscos com a infiltração na rede elétrica e o perigo do piso molhado ainda há o prejuízo com a qualidade do ensino, já que toda a rotina da escola e em sala de aula é alterada e outros assuntos entram na pauta de discussões entre alunos e professores. A professora Tatiana também relembra situações que acabaram prejudicando alunos, principalmente do turno da noite.
-Tu tens que fazer uma avaliação, os alunos se amontoam nos cantinhos onde não está chovendo. Muitas vezes as salas de aula à noite, onde tem goteira, não tem como colocar lâmpada, ai não dá pra acender as luzes e a iluminação acaba ficando comprometida.
Um documento contendo fotos e relatos da situação da escola foi encaminhado à 8ª Coordenadoria Regional de Educação (8ªCRE). De acordo com a diretora da instituição, há três meses, um engenheiro da Coordenadoria Regional de Obras Públicas (CROP) esteve no local fazendo levantamentos e analisando os serviços necessários. Até o momento, nenhum retorno havia sido dado à escola.
-Um engenheiro da CROP veio na escola, já fez um levantamento e está previsto para até o final do ano uma troca da cobertura da escola. Se vai sair em ano de eleição não sei te dizer, mas é a promessa – disse a diretora.
Texto/Foto: Ronei Bueno