Apicultor gaúcho encontra mel azul em suas colmeias
Rural
Publicado em 03/10/2021

 

Um produtor de mel da cidade de Não-Me-Toque, localizada no Planalto Médio do Rio Grande do Sul, ficou surpreso ao abrir 25 de suas colmeias e encontrar um produto de alta viscosidade e de cor azulada preenchendo os favos das abelhas. Segundo o apicultor Naor Kumpel, o produto tem textura diferenciada, cheiro ruim e é bem consistente quando escorre, o que indica a alta viscosidade.

De acordo com as normas de comercialização e consumo do mel, definidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), esse produto não atende às características de qualidade exigidas e toda a produção de 150kg deve ser perdida, causando prejuízo ao proprietário das colmeias.

Vizinhos de Kumpel também relataram alterações na coloração do mel de suas colmeias. Uma possível explicação para o fato é a polinização das abelhas em flores de um campo vizinho. Essas flores poderiam estar contaminadas por pragas, o que poderia explicar a mudança no produto.

 

Algo parecido na França

Em 2012, um fato parecido mas ainda mais curioso aconteceu na região de Alsácia, no nordeste do país. Produtores locais de mel encontraram o produto nas cores marrom, verde e azul em suas colmeias. A resposta para o fenômeno foi encontrada em uma usina de reaproveitamento de dejetos, onde se fazia o processamento de embalagens de produtos de confeitaria (doces) e que acabaram chamando a atenção das abelhas.

As embalagens eram de uma fábrica de doces que produz o conhecido M&M’s, vendido em todo o mundo e que é produzido nas cores marrom, verde e azul, tal qual a coloração do mel encontrado. A explicação dada foi de que as abelhas se alimentavam dos restos de corantes que ficava nas embalagens e, a partir disso, produziam o mel de coloração diferente.

 

 

Texto: Ronei Bueno
Foto: Reprodução/TV Globo

 

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