Município decretará situação de emergência devido às perdas na agropecuária com as chuvas
Economia
Publicado em 24/01/2019

 

Aconteceu na tarde desta quinta-feira (24) uma reunião na Câmara de Vereadores de São Vicente do Sul para discutir prejuízos e a situação do município após o alto índice de precipitação ocorrido na primeira quinzena do mês de janeiro. O encontro contou com a presença do vice-prefeito Vagner Totti, secretários municipais, vereadores, representantes do Sindicato Rural e Sindicato dos Trabalhadores Rurais, presidente do Comude, Emater e produtores rurais. Em reunião que durou pouco mais de uma hora, os presentes definiram pelo decreto de situação de emergência no município.

Um relatório elaborado pela Emater em conjunto com o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) aponta um prejuízo inicial de cerca de R$12 milhões nas lavouras de arroz e soja do município e estima-se que essa perda pode aumentar ainda mais nos próximos dias, com o retorno das águas ao seu curso normal e avaliação efetiva de cada produtor em sua lavoura. Os números apresentados no encontro pelo estudo apontam perdas de 50% nas hortas (verduras e legumes), 30% a 40% nas lavouras de soja e de 30% nas lavouras de arroz. Há produtores que relataram perdas de até 400 hectares de arroz.

Outra preocupação da administração municipal é com a arrecadação dos cofres públicos. Se a situação já era de apertar o cinto, com as chuvaradas também haverá necessidade de mais investimento na recuperação de estradas vicinais, pontes, bueiros e a quebra da safra certamente trará dificuldades ao setor financeiro

-83% do nosso PIB é diretamente da agropecuária, o setor atingido. A gente vive do setor agropecuário. Quando ele é duramente atingido, como é nesse caso, os reflexos chegam à administração pública – declarou Evanilde Brauner Picoli, secretária municipal de administração.

O decreto deve ser emitido ainda na manhã desta sexta-feira (25) e será avaliado pelo governo do estado. Após a homologação, caso ocorra, deverá ser encaminhado para Brasília, onde deve ser reconhecido pelo governo federal. O município tem 10 dias para recolher dados e documentos que comprovem a situação.

 

DIRETO AO PONTO

O prefeito Paulo Sérgio Rodrigues Flores e o presidente da Câmara de Vereadores, Edimar Rumpel, não estiveram presentes na reunião mas também estavam tratando da situação. Ambos viajaram para Uruguaiana com o intuito conversar diretamente com a Ministra da Agricultura, Teresa Cristina, que tinha agenda confirmada para a tarde desta quinta-feira (24) no município também para tratar dos prejuízos às lavouras causados pela enchente na fronteira oeste.

 

Texto/Foto: Ronei Bueno

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